os padrinhos
Tradicionalmete, o papel dos padrinhos é de servir de apoio ao casal no seu matrimónio. Era costume que se escolhessem casais “bem sucedidos” nos seus próprios casamentos para que estes pudessem guiar e aconselhar os noivos durante os diversos obstáculos que surgem durante essa caminhada que é o casamento. Hoje em dia, já não é imprescindível que os padrinhos sejam experientes, nem casados. Pela lei, só precisas de ter duas testemunhas que sejam maiores. Se elas são casadas ou não é simplesmente um detalhe.
Sendo assim, podes te deparar com duas situações quando estiveres a pensar nos teus padrinhos: escolher duas pessoas que são próximas a ti, como dois amigos ou irmãos, e em quem confias e sentes-te a vontade para desabafar, ou escolher um casal com alguns anos de “bagagem” e capaz de te aconselhar com sabedoria, mas não tão próximo como os primeiros. Pode ser que tenhas a sorte e consigas ter um casal que tenha os dois requisitos. Mas se não for esse o caso, aí vai de acordo com o teu desejo. O fundamental é que a tua escolha leve em consideração que os padrinhos devem ser capazes de apoiar-te em questões matrimoniais, quer seja ouvindo ou até mediando, se esse for o vosso desejo.
Também não és obrigada a escolher o companheiro do teu padrinho/madrinnha se não quiseres, embora seja costume que se convide o casal.
Não é adequado escolher padrinhos pelas suas condições financeiras e nem cobrar presentes ou contribuições. Pela etiqueta, os padrinhos oferecem um presente especial aos noivos, mas dentro das suas possibilidades.
O papel dos padrinhos durante a organização do casamento é de aconselharem e apoiarem os noivos como for necessário. Isto não quer dizer que deves sobrecarregá-los com tarefas. O aconselhado é que dês algumas tarefas específicas mesmo no início da organização como investigar sobre bolos ou brindes, por exemplo. Tenta pôr os padrinhos sempre a par de tudo em torno da organização do casamento e procura saber a opinião deles sobre assuntos que possas ter dúvidas. Isso vai ajudá-los a sentirem-se incluídos, mesmo que depois tomes outro caminho.
as damas-de-honra
Em outros países como os EUA, as damas são escolhidas a dedo e a aceitação deste convite vem com muita responsabilidade. Lá, ser uma dama significa ser uma parceira dedicada em todo o processo de planeamento do casamento, tanto que esse pedido às vezes é recusado. Na verdade, a palavra inglesa “bridesmaid” traduz-se literalmente para “servente da noiva”. Elas ajudam na pesquisa e escolha do vestido, de detalhes da festa, organizam a despedida de solteira e até orientam os fotógrafos no dia do casamento informando-os quem são as pessoas mais importantes na cerimónia.
Em Moçambique, a exigência em geral não é a mesma. As damas podem sim desempenhar vários papéis importantes como ajudar na organização do casamento, receber os convidados no salão e outros, ou simplesmente acompanhar a noiva na entrada no salão e tirar fotografias.
Então como escolher? Depende do que se pretende. Desejas ter ajuda na organização do evento? Queres ter uma equipa que vai apoiar o entretenimento da festa? Ou só te interessam fotos em grupo bonitas? De acordo com as respostas para essas perguntas, podes decidir quem é melhor dentro das tuas opções. O ponto chave é definires as tuas expectativas e comunicá-las na hora de fazer o convite. Sê bastante clara para ela em relação ao que tu esperas de uma dama-de-honra e percebe se ela está disposta ou não. Mas tendo em mente que as damas idealmente devem ser pessoas especiais para ti. O momento do casamento é muito especial e escolher quem nos conhece melhor, não só torna a experiência mais alegre, como também garante uma óptima despedida de solteira!
Quanto ao número de damas não há regra , desde 2 à 20. Também há a opção de se escolher acompanhantes masculinos para elas, apesar de actualmente ter sido menos frequente. Estes também podem desempenhar alguns papéis de apoio durante a festa, como receber e orientar os convidados.
os vestidos
Por norma a madrinha usa uma roupa que a destaque, mas sempre considerando a roupa da noiva e o tema do casamento. Uma madrinha nunca deve ofuscar o vestido da noiva, por isso deve usar um vestido mais simples e fugir das cores muito claras como o creme e o branco, obviamente. Em relação às damas-de-honra, recomenda-se que haja algum tipo de similaridade entre os vestidos, quer seja por cor, modelo ou material. Para a cor, podes buscar inspiração nas cores do tema ou do bouquet. Todas as damas podem ter os seus próprios bouquets, mas não é obrigatório.
Apesar do casamento ser teu e tu teres a autoridade para tomar todas as decisões, é melhor que a escolha dos vestidos seja feita em conjunto. Podes e deves determinar a paleta de cores e o estilo geral, mas deixa que cada uma escolha o vestido que valorize melhor o seu corpo ou que seja mais confortável.
E quem paga os vestidos? A etiqueta diz que cada uma compra os seus próprios vestidos, a não ser que a noiva tenha feito a escolha e isso os tornou muito caros. Nesse caso, elas pagam uma parte e o remanescente é por responsabilidade dos noivos. O mesmo se aplica em relação à roupa dos pajens.
O convite
Tem se tornado cada vez mais popular noivas fazerem formalmente o convite às futuras damas. Algumas noivas organizam um evento específico para fazerem a pergunta “queres ser minha dama-de-honra?” e oferecem presentes às futuras acompanhantes. Outras vão até mais longe, escrevendo verdadeiros termos de responsabilidades. Não precisamos ser tão burocráticos, mas é importante, sim, que haja algum tipo de “briefing” antes de se aceitar esse convite. É importante que tudo que se espera de ambas as partes esteja claro para que não haja frustrações.